Obviamente todo mundo tem o direito de criar seus filhos como querem. É comum vermos a cena de pais beijando seus filhos pequenos na boca. Como todo assunto controverso e polêmico, há aqueles que defendem esse tipo de troca de carinho entre pais e filhos e há aqueles que a abominam. Independente da opinião que cada um possa ter, eu sou sempre a favor da reflexão e análise profunda. A pergunta aqui é: Será que na falta de malícia de achar normal e saudável demonstrar afeto pelos filhos, os pais não estariam negligenciando os possíveis futuros efeitos psicológicos de suas atitudes?
Para uma criança o beijo pode ser algo extremamente confuso. A criança vê o pai e a mãe beijando na boca, e ai então vem o pai e a mãe e fazem o mesmo com ela. Isso é o suficiente para confundir a cabecinha da criança sobre definição de papéis, regras, emoções e sentimentos. Uma outra questão importante a se considerar é: Se você começou a beijar seu filho (a) na boca quando ele (a) era ainda bem pequeno (a), quando isso vai parar? Nem toda criança se desenvolve e amadurece ao mesmo tempo, o que torna difícil determinar uma idade específica para parar.
Claro também que a questão cultural deve ser levada em conta. O beijo tem um significado diferente em cada cultura. Muitas pessoas se baseiam, por exemplo, em atitudes de famosos de outras culturas para justificar seus comportamentos e escolhas, mas nossas atitudes devem ser coerentes com nossa cultura. Em certos países como Japão e China, por exemplo, o contato físico em público não é visto com bons olhos, fazendo do beijo um símbolo de extrema intimidade. Já em países como a França e a Espanha, o beijo virou praticamente uma formalidade no cumprimentar o outro. Nós brasileiros somos vistos pelo mundo inteiro como um povo ‘caliente’ que beija e abraça muito.
É importante que fique bem claro na cabecinha da criança o significado do beijo e a intenção agregada a ele, ou seja, o que o beijo representa dependendo de quem está beijando. Precisamos lembrar que quanto mais simples for algo para a criança, mais fácil ela entenderá e conseguirá lidar, evitando assim para ela, conflitos futuros. Desta forma podemos concluir que é muito mais fácil a criança entender que o beijo na boca é uma troca de carinho apenas entre namorados do que entender que beijar a boca da mamãe e/ou do papai pode, mas da titia ou do titio não, ou que o papai e a mamãe podem beijar na boca um do outro porque são namorados, mas que o (a ) filho (a) também pode mesmo não sendo namorado da mamãe e/ou do papai.
Thais Clemente
Oi gente, amei o site parabéns pelo trabalho de vocês. beijos Cris :*
Olá Cristiane. Obrigada pelo feedback. Continue acompanhando que vou continuar sempre atualizando. Um abraço